domingo, 17 de outubro de 2010

Poesia I

Olho o meu caderno.. a folha nua
Diviso a limpidez que me sorri
Enquanto essa caneta não conclua
O meu verso há de ficar aqui

Invisível e luminoso eu o senti
Deflagrado na ante-escrita, uma lua
escondida numa nuvem que antevi
dissipada neste céu da boca tua.

Este verso inexistente, verso só
Que habita um não-lugar, sempre e nunca
Independe de palavras para o dizer

Inumano. Amálgama de pó
Dissidência a escorrer que não estanca
Esse sangue que redime o meu viver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário