Olho o meu caderno.. a folha nua
Diviso a limpidez que me sorri
Enquanto essa caneta não conclua
O meu verso há de ficar aqui
Invisível e luminoso eu o senti
Deflagrado na ante-escrita, uma lua
escondida numa nuvem que antevi
dissipada neste céu da boca tua.
Este verso inexistente, verso só
Que habita um não-lugar, sempre e nunca
Independe de palavras para o dizer
Inumano. Amálgama de pó
Dissidência a escorrer que não estanca
Esse sangue que redime o meu viver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário